quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O Cair de uma Folha


O Cair de uma Folha

O vento soprou pela última vez
Foi o ultimo toque que seu rosto recebeu,
E de mim, esse mesmo rosto não recebeu nada
Nada ele recebeu...

Foi feito assim, meio sem inspiração
Na verdade foi apenas a força do momento,
Foi um em que o coração já não mais batia fortemente
Realmente foi em um momento em que não mais se podia esconder.

Esse olhar sempre vem rodeando
Vem assombrando, atormentando,
Escondendo-se onde o medo não existe
Dentro de um olhar negro e atraente.

Busca aqueles que não mais a buscam
Frisa os corações dilacerados e sofridos,
Sempre procura deixar um gosto de beijo em quem ele toca
De um gosto doce, meigo, mas com um gosto de morte.

By: Toni Everton

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Wolf´s Rain



Wolf´s Rain


Menosprezador das sombras
Meus olhos são tudo que se pode ver,
E o ar quente que sai de minha boca
É o único ar quente dentro de meu coração gelado.

Como homem e como lobo
Adorador das sombras,
Sendo ela a luz que me guia em meio a luz
A luz do dourar da lua cheia.

Intrigas, blasfémias e mentiras
É um terrível pesar que carrego,
Meu gemer de uivo assusta e causa pressagio
Dando-me o poder de ser homem e lobo.

Tendo coração divino
Podendo assim andar entre as trevas e a luz,
Andando sempre meio perdido
Andando sempre na busca do ser eu.

Andando sempre em meio o medo de sentir medo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

No mais profundo e lindo Elísio


No mais profundo e lindo Elísio

Um grito de socorro ecoou
E no fundo de uma sala vazia,
A mais bela das tristezas emergiu
Emergiu do mais profundo sono.

E em tudo isso, há tantos atos
Impuros e sangue derramado,
Viu- se que muita coisa se torna em vão
Assim quando não vivida inteiramente.

Uma explosão de mentiras!
Essas me deixaram tonto com mais doce vinho,
O sabor da mentira é diferente da verdade
O mentira é doce e a verdade puro fel.

Assim o grito escutado
Mesmo em vão foi por segundo percebido,
Não por mortais,nem por mim e nem por você
Mas sim no mais distante Elísio Divino.

domingo, 3 de agosto de 2008

Intransponível e Contestável


Intransponível e Contestável

Quão ruim foi transportar dessa vida
Passados, montanhas e rios,
Ventos mornos, serenos e vivos
Sensações novas, bobas, frias.

Foram percorridos caminhos espinhosos
De sorrisos belos e sofridos,
Martírios tolos, amores em tormento
Que deixaram assim a todos, risonhos, porém ansiosos.

E assim quando a Lua saiu
Com um pratear apaixonante,
Encontros, perdidos amantes
Olhou-se de um lado a outro, a Lua caiu!

Então todo aquele momento cinza
Tornou-se variável,
Inconstante, contestável
Abaixo, meigo, tolo no céu acima.

(ToniEverton)